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Sapucaia do Sul, RS
Blog criado na aula de introdução a educação digital

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Como usar as redes sociais a seu favor nas aulas

Você sabe quantos de seus alunos possuem perfis no Orkut, noFacebook ou no Google +? Já experimentou fazer uso dessas redes sociais para disponibilizar materiais de apoio ou promover discussões online?
Cada vez mais cedo, as redes sociais passam a fazer parte do cotidiano dos alunos e essa é uma realidade imutável. Mais do que entreter, as redes podem se tornar ferramentas de interação valiosas para auxiliar no seu trabalho em sala de aula, desde que bem utilizadas. "O contato com os estudantes na internet ajuda o professor a conhecê-los melhor", afirma Betina von Staa, pesquisadora da divisão de Tecnologia Educacional da Positivo Informática. "Quando o professor sabe quais são os interesses dos jovens para os quais dá aulas, ele prepara aulas mais focadas e interessantes, que facilitam a aprendizagem", diz.

Se você optou por se relacionar com os alunos nas redes, já deve ter esbarrado em uma questão delicada: qual o limite da interação? O professor deve ou não criar um perfil profissional para se comunicar com os alunos? "Essa separação não existe no mundo real, o professor não deixa de ser professor fora de sala, por isso, não faz sentido ele ter dois perfis (um profissional e outro pessoal)", afirma Betina. "Os alunos querem ver os professores como eles são nas redes sociais".

Mas, é evidente que em uma rede social o professor não pode agir como se estivesse em um grupo de amigos íntimos. "O que não se pode perder de vista é o fato de que, nas redes sociais, o professor está se expondo para o mundo", afirma Maiko Spiess, sociólogo e pesquisador do Grupo de Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Ele tem que se dar conta de que está em um espaço público frequentado por seus alunos". Por isso, no mundo virtual, os professores precisam continuar dando bons exemplos e devem se policiar para não comprometerem suas imagens perante os alunos. Os cuidados são de naturezas diversas, desde não cometer erros de ortografia até não colocar fotos comprometedoras nos álbuns. "O mais importante é fazer com que os professores se lembrem de que não existe tecnologia impermeável, mas comportamentos adequados nas redes", destaca Betina von Staa.

A seguir, listamos cinco formas de usar as redes sociais como aliada da aprendizagem e alguns cuidados a serem tomados:

1. Faça a mediação de grupos de estudo
Convidar os alunos de séries diferentes para participarem de grupos de estudo nas redes - separados por turma ou por escolas em que você dá aulas -, pode ajudá-lo a diagnosticar as dúvidas e os assuntos de interesse dos estudantes que podem ser trabalhados em sala de aula, de acordo com os conteúdos curriculares já planejados para cada série.
Os grupos no Facebook ou as comunidades do Orkut podem ser concebidos como espaços de troca de informações entre professor e estudantes, mas lembre-se: você é o mediador das discussões propostas e tem o papel de orientar os alunos.
Todos os participantes do grupo podem fazer uso do espaço para indicar links interessantes ou páginas de instituições que podem ajudar em seus estudos. "A colaboração entre os alunos proporciona o aprendizado fora de sala de aula e contribui para a construção conjunta do conhecimento" explica Spiess.

2. Disponibilize conteúdos extras para os alunos

As redes sociais são bons espaços para compartilhar com os alunos materiais multimídia, notícias de jornais e revistas, vídeos, músicas, trechos de filmes ou de peças de teatro que envolvam assuntos trabalhados em sala, de maneira complementar. "Os alunos passam muitas horas nas redes sociais, por isso, é mais fácil eles pararem para ver conteúdos compartilhados pelo professor no ambiente virtual", diz Spiess.
Esses recursos de apoio podem ser disponibilizados para os alunos nos grupos ou nos perfis sociais, mas não devem estar disponíveis apenas no Facebook ou no Orkut, porque alguns estudantes podem não fazer parte de nenhuma dessas redes. Para compartilhar materiais de apoio e exercícios sobre os conteúdos trabalhados em sala, é melhor utilizar espaços virtuais mais adequados, como a intranet da escola, o blog da turma ou do próprio professor.

3. Promova discussões e compartilhe bons exemplos
Aproveitar o tempo que os alunos passam na internet para promover debates interessantes sobre temas do cotidiano ajuda os alunos a desenvolverem o senso crítico e incentiva os mais tímidos a manifestarem suas opiniões. Instigue os estudantes a se manifestarem, propondo perguntas com base em notícias vistas nas redes, por exemplo. Essa pode ser uma boa forma de mantê-los em dia com as atualidades, sempre cobradas nos vestibulares.

4. Elabore um calendário de eventos
No Facebook, por meio de ferramentas como "Meu Calendário" e "Eventos", você pode recomendar à sua turma uma visita a uma exposição, a ida a uma peça de teatro ou ao cinema. Esses calendários das redes sociais também são utilizados para lembrar os alunos sobre as entregas de trabalhos e datas de avalições. Porém, vale lembrar: eles não podem ser a única fonte de informação sobre os eventos que acontecem na escola, em dias letivos.

5. Organize um chat para tirar dúvidas 
Com alguns dias de antecedência, combine um horário com os alunos para tirar dúvidas sobre os conteúdos ministrados em sala de aula. Você pode usar os chats do Facebook, do Google Talk, doMSN ou até mesmo organizar uma Twitcam para conversar com a turma - mas essa não pode ser a única forma de auxiliá-los nas questões que ainda não compreenderam.
A grande vantagem de fazer um chat para tirar dúvidas online é a facilidade de reunir os alunos em um mesmo lugar sem que haja a necessidade do deslocamento físico. "Assim que o tira dúvidas acaba, os alunos já podem voltar a estudar o conteúdo que estava sendo trabalhado", explica Spiess.

Cuidados a serem tomados nas redes
- Estabeleça previamente as regras do jogo
Nos grupos abertos na internet, não se costuma publicar um documento oficial com regras a serem seguidas pelos participantes. Este "código de conduta" geralmente é colocado na descrição dos próprios grupos. "Conforme as interações forem acontecendo, as regras podem ser alteradas", diz Spiess. "Além disso, começam a surgir lideranças dentro dos próprios grupos, que colaboram com os professores na gestão das comunidades". Com o tempo, os próprios usuários vão condenar os comportamentos que considerarem inadequados, como alunos que fazem comentários que não são relativos ao que está sendo discutidos ou spams.

- Não exclua os alunos que estão fora das redes sociais
Os conteúdos obrigatórios - como os exercícios que serão trabalhados em sala e alguns textos da bibliografia da disciplina - não podem estar apenas nas redes sociais (até mesmo porque legalmente, apenas pessoas com mais de 18 anos podem ter perfis na maioria das redes). "Os alunos que passam muito tempo conectados podem se utilizar desse álibi para convencer seus pais de que estão nas redes sociais porque seu professor pediu", alerta Betina.
A mesma regra vale para as aulas de reforço. A melhor solução para esses casos é o professor fazer um blog e disponibilizar os materiais didáticos nele ou ainda publicá-los na intranet da escola para os alunos conseguirem acessar o conteúdo recomendado por meio de uma fonte oficial.
Com relação aos pais, vale comunicá-los sobre a ação nas redes sociais durante as reuniões e apresentar o tipo de interação proposta com a turma.

O que são redes sociais?

ntrodução às redes sociais.
Sites como o Facebook e o Twitter estão por toda a parte, atualmente. Você ouve falar em tweets e em postar em murais e fica se perguntando se o mundo das redes sociais é para você. Esta breve explicação irá ajudar você a entender o que são redes sociais. Depois, apresentaremos você às redes sociais online Facebook e Twitter, juntamente com instruções de como começar a usá-las e como se manter seguro. Vamos lá!

O que são redes sociais? 
Grosso modo, redes sociais são um meio de se conectar a outras pessoas na internet. Os sites de redes sociais geralmente funcionam tendo como base os perfis de usuário - uma coleção de fatos sobre o que um usuário gosta, não gosta, seus interesses, hobbies, escolaridade, profissão ou qualquer outra coisa que ele queira compartilhar.

Geralmente, esses sites oferecem vários níveis de controle de privacidade. Por exemplo, o Facebook permite que outras pessoas encontrem o seu perfil, procurando pelo seu nome ou endereço de email, mas você pode proteger as informações particulares do seu perfil de qualquer um que você não tenha aprovado especificamente. No Twitter, você pode definir que suas atualizações sejam particulares, podendo ser vistas apenas pelas pessoas que você aprovar.

O objetivo das redes sociais é juntar um grupo de pessoas com quem você esteja interconectado por um ou mais fatores.

Algumas redes sociais estão montadas especificamente ao redor de interesses especiais. Esses sites existem para compartilhar experiências, conhecimentos e formar grupos sobre tópicos específicos.

Redes sociais: por que se incomodar?
Definir o que são redes sociais é fácil. Geralmente, a pergunta que as pessoas que não estão usando essa tecnologia realmente se fazem é "por quê?". A maioria das pessoas que se envolve com o Facebook e o Twitter veem benefícios tangíveis (e alguns intangíveis). Quando você cria uma rede social, elas tendem a funcionar muito com as redes de relacionamentos no mundo real. Você vê notícias, discute problemas do trabalho e da vida particular, compartilha suas ideias e tem acesso a experiência e expertise a que não teria acesso de outra forma.

Contatos são contatos, estejam eles online ou no "mundo real". A velha frase "não é o que você sabe, mas quem você conhece" é verdadeira - quanto mais pessoas você conhecer, melhor. Talvez aquele seu velho amigo do ginásio esteja começando um novo negócio e precise da sua expertise. Definitivamente, conhecimento é poder.

Abrir uma conta no Facebook é realmente fácil, e não deve demorar mais do que alguns minutos para fazer a configuração inicial. Acesse a página inicial do Facebook e siga as instruções

Twitter: aspectos básicos
O Twitter confunde mais as pessoas do que o Facebook. Ele parece realmente pouco intuitivo: como dizer qualquer coisa em apenas 140 caracteres? A ascensão meteórica da popularidade do Twitter é uma boa indicação que de é possível se comunicar bem, mesmo com tão poucas palavras. De fato, a Nielsen.com afirma que o Twitter tem um crescimento mensal de 1.382%.

O Twitter foi fundando em 2006 por Jack Dorsey e, sendo um serviço tão novo, tem um grande contingente de fãs ardorosos. O microblogging (pequenas entradas de blog com apenas um pensamento ou evento) cresce em popularidade pelo mesmo motivo, em parte, pelo qual o Facebook também se torna mais popular: a sensação de comunidade.

É necessário pouquíssimo tempo para fazer uma atualização de 140 caracteres e compartilhá-la com amigos e contatos. E demora muito pouco para eles fazerem o mesmo. Saber o que as pessoas estão fazendo, pensando e lendo cria novas definições de comunidade.

E não é só isso: o Twitter é um jeito ultrarrápido de disseminar notícias ou informações importantes. Os posts no Twitter são chamados de tweets, e, quando você retransmite um tweet, ele se torna umretweet. Essa funcionalidade permite que você compartilhe o que é importante para você simplesmente clicando em alguns botões.

Hash tags (tags precedidas de "#") representam um tópico no Twitter. Por exemplo, programas de TV populares terão hash tags quando as pessoas fizerem comentários em tempo real, enquanto o programa estiver no ar. Se você estiver assistindo a um programa chamado 24, por exemplo, e quiser conversar sobre ele com outras pessoas que também estiverem assistindo, poderá seguir os comentários no Twitter, procurando por #24.

O léxico do Twitter O Twitter tem o seu próprio vocabulário. Aqui estão alguns dos termos mais comuns:
  • Tweet: Uma atualização/post de 140 caracteres ou menos no serviço do Twitter.
  • Retweet: Retransmitir um tweet de um contato para a sua própria lista de contatos.
  • Hashtag: O uso do sinal da tralha (#, chamado em inglês de "hash") antes de um tópico no seu tweet. Por exemplo, você usaria a hashtag #houstonrockets ao falar tweetar sobre o time, para que outros torcedores possam achar seu tweet facilmente.
  • Tweeps: Pessoas que usam o Twitter e que você segue em mais de uma rede social (por exemplo, alguém que seja seu contato no Facebook e no Twitter).
  • Twitosfera: A comunidade total de tweeters.
  • @nomedeusuário: É assim que você faz um link para um usuário específico no Twitter. @stephenfry, por exemplo, é o link para a conta do popular comediante britânico Stephen Fry.
  • DM: Sigla para Mensagem Direta (Direct Message). Você pode enviar uma mensagem particular para outro usuário, digitando "d nomedeusuario" (sem as aspas).
Abrir uma conta no Twitter é mais fácil do que no Facebook e não deve demorar mais do que alguns minutos para fazer a configuração inicial. Acesse a página inicial do Twitter e siga as instruções

Como as empresas usam o Facebook e o Twitter
Mesmo que isto seja uma breve apresentação, é importante você saber como as empresas e marcas estão usando esses serviços para conseguir audiência. Esse tipo de marketing social funciona porque ele se apoia em construir uma comunidade, o que tem aspectos bons e ruins para o cliente. Vejamos quais são esses aspectos.

Aproveitando ao máximo os relacionamentos da marca Quando você entra numa página de fãs de uma marca no Facebook (a Campanha Dove pela Real Beleza é muito popular, só para citar uma), você pode ter grandes benefícios. Frequentemente, o pessoal do marketing usa páginas de fãs e contas do Twitter para pedir opiniões das pessoas sobre produtos. Como você usa o produto? O que você faria para deixá-lo melhor? Qual é o maior problema dele? É uma grande oportunidade de se fazer ouvir em um ambiente em que as marcas falam diretamente com as pessoas. Se fizerem essas perguntas para você, tente separar um tempo para responder, para que você possa falar sobre seus produtos favoritos.

Outro grande "efeito colateral" do marketing social no Facebook e no Twitter é a oferta especial. As empresas com frequência tweetam ofertas especiais que não estão disponíveis em outro lugar, dando uma oportunidade de ouro para fazer um negócio que mais ninguém vai fazer. Ou você pode se tornar um fã do seu restaurante local favorito no Facebook e receber avisos de happy hours especiais para fãs ou outros eventos.

Como o mundo das redes sociais se baseia em construir relacionamentos, as marcas realmente querem fazer um esforço para fidelizar os clientes. Clientes insatisfeitos que tiverem muitos contatos podem se tornar o pesadelo das relações públicas, de uma hora para outra. Basta navegar em um site de defesa do consumidor, como o Consumerist, se você duvidar do poder de um consumidor enganado.

Quer ver o que a HP faz no Facebook e no Twitter? Veja a página de fãs da HP no Facebook ou veja as últimas notícias da HP seguindo @HPNews no Twitter.

Não deixe a marca fora do gancho Para ter todos os benefícios oriundos de estar envolvido ativamente em comunidades de fãs de marca e contas de Twitter, ainda há algumas questões importantes. Empresas inescrupulosas podem tentar usar informações particulares de modo errado, vendendo-as para scammers. Se você suspeitar que isso aconteceu com você, não hesite em avisar o suporte do Facebook ou do Twitter.

E se a marca em si acabar sendo um spammer? Geralmente, as marcas não entendem como se relacionar no espaço social, e acabam se tornando fontes de incômodos e spams para o consumidor. Se você receber várias mensagens por dia só com promoções, sem nenhum conteúdo, sinta-se livre para romper os laços com a empresa imediatamente.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Educação tem que usar tecnologia. Mas como?



Se fossemos eleger qual o assunto mais abordado nos últimos tempos, com certeza seria o de que o professor deveria utilizar os recursos tecnológicos em sala de aula. Inúmeros artigos, matérias jornalísticas, programas, vídeos abordam o tema pelo mesmo foco:
  • De que o aluno precisa que o professor fale a mesma linguagem dele;
  • Que o professor precisa utilizar a tecnologia como veículo de interação;
  • Que as aulas serão muito mais motivadoras usando a tecnologia;
  • Que esta geração é tecnológica e que não se interessa por “cuspe e giz”;
  • Que o professor não se dispõe a aprender a usar a tecnologia
e tantas outras falas que se repetem a cada novo artigo.
Porém, ninguém aponta como utilizar recursos tecnológicos, que não foram criados para o uso pedagógico, e integrá-los numa sala de aula onde 35 ou até 45 alunos tenham que usá-los em sintonia, concomitantemente, desenvolvendo habilidades como interação, colaboração e cooperação.
Sim, é claro que sabemos que algumas das pessoas que escrevem os artigos, as matérias e elaboram os vídeos nunca entraram em sala de aula e não avaliam como é envolver tantas pessoas (alunos) num mesmo assunto usando uma ferramenta que não foi criada para este fim. Também sabemos que a intenção é a melhor e que “palpites” são sempre muito bem-vindos.
Não pensem que sou contra o uso da tecnologia na educação. Quem me conhece sabe muito bem o quanto sou favorável e o quanto me empenho para que a escola, como um todo, integre o uso da tecnologia como mais um recurso para promover a aprendizagem. Pois é justamente por ser favorável, que me ponho a refletir sobre esta realidade. Uma coisa é falar que tem que usar e outra completamente diferente é orientar sobre como deve usar.
Por ser um assunto novo, há pouquíssimos exemplos disponibilizados e muitos deles nada eficazes. Há escolas que dizem utilizar o blog como ferramenta de aprendizagem e reproduzem nele diferentes textos, imensos, sem qualquer interação, fazendo do blog um livro virtual. O que muda para o aluno é que ao invés de ele ler na horizontal passará a ler na vertical. Outras escolas fazem do blog um mural de avisos com datas para as festividades, reuniões pedagógicas, reuniões de pais e até acesso à nota. Sim, a escola está informatizada, porém não está usando a tecnologia como recurso pedagógico e muito menos para promover a aprendizagem.
Muitos professores usam o blog para compartilhar suas atividades e experiências desenvolvidas em sala de aula. O meu blog mesmo, o Educa Já!, reúne diferentes postagens de diferentes educadores sobre um mesmo assunto auxiliando o professor a desenvolver atividades similares com seus alunos. Quando criei o blog eu tinha exatamente esta intenção, pois já não atuava mais em sala de aula do ensino fundamental, porém conheço a dinâmica muito bem, pois passei por todas as etapas da educação, desde a Educação Infantil até a Graduação passando por praticamente todas as séries do Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio. Sempre tive por objetivo conhecer na prática o cotidiano de cada uma das séries também em razão do meu estudo sobre as diferentes linguagens usadas para o exercício da pedagogia em sala de aula. Saber se comunicar consiste em falar a linguagem que o aluno entende e entender a linguagem que o aluno fala. O conhecimento e desenvolvimento desta competência e habilidade propiciarão ao professor levar o aluno a desenvolver-se cognitivamente, socialmente, produtivamente e pessoalmente tornando-se protagonista da sua aprendizagem.
O professor, ao se apropriar das diferentes formas de linguagens, estará apto a integrar as novas linguagens tecnológicas ao ambiente escolar estreitando ainda mais o relacionamento com seus alunos. E é justamente sobre isso que trata o meu mais recente livro, Inteligências na Prática Educativa, que será lançado em outubro, com o qual espero oferecer caminhos e subsídios para auxiliar professores, pais e alunos na reflexão e apropriação destas linguagens propiciando uma comunicação de qualidade entre professor e aluno e vice e versa.
Com base nas diferentes formas de linguagem que habita uma sala de aula em razão da diversidade ali existente, o professor poderá propor atividades utilizando recursos tecnológicos e estabelecendo a interação entre conteúdo e alunos.
Vejamos:
  • O Orkut é a rede social mais popular entre os adolescentes, então nada melhor do que utilizá-lo com fins pedagógicos, afinal eles já sabem exatamente como funciona. Se você navegar pelas comunidades que a garotada é fã, você verá uma enormidade de interação nos Fóruns criados para debates e exposição de ideias. Uma boa sugestão é criar uma comunidade em que os próprios alunos participem desde a escolha do nome. Em seguida poderá iniciar com um texto atual e que desperte o interesse dos alunos na reflexão e na partilha de opiniões. Assim que o professor ganhar o interesse do aluno ele poderá discutir neste espaço os temas abordados em sala de aula. Esta discussão poderá ser assíncrona e poderá ser usada, inclusive, como avaliação, propiciando ao professor detectar o quanto o tema foi apropriado pelos alunos e favorecendo a retomada dos pontos que ficaram obscuros. Nesta sugestão as habilidades do século XXI estão sendo estimuladas como a reflexão, a interação, a colaboração, a formação de opinião, a linha de raciocínio (com começo, meio e fim), a argumentação além do desenvolvimento da linguagem escrita. Exercitando estas habilidades o aluno está se apropriando do assunto em evidência agindo como protagonista da sua aprendizagem. O professor pode designar que esta comunidade seja frequentada somente por seus alunos, porém pode convidar alunos de outras séries e até de outras escolas para enriquecer ainda mais as interações.
  • O Twitter é mais uma rede social que algumas pessoas ainda manifestam resistência, porém sua eficácia é única, já que desenvolve o poder de síntese fazendo com que a pessoa aprenda a manifestar sua opinião de forma sucinta. O professor poderá propor que os alunos partilhem no Twitter o que aprenderam sobre um determinado assunto. Eles poderão questionar, deduzir, analisar, fundamentar em diferentes momentos do dia retuitando, inclusive, as falas dos colegas que eles mais se identificam. Vamos supor que uns três alunos retuitaram uma dúvida manifestada por um dos colegas. É sinal de que aquele ponto não ficou claro, servindo de sinalizador para o professor retomar e sanar as dúvidas. O próprio professor pode lançar desafios que devem ser discutidos no Twitter. No caso do uso do Twitter com fins pedagógicos deve ser acordado entre os alunos que somente deverão seguir os colegas (da mesma escola e de outras caso seja combinado anteriormente) e o(s) professor(es), para que não haja interações não oportunas. Tanto professor quanto aluno pode levantar assuntos a serem refletidos. O Twitter propicia também que se compartilhe fotos e vídeos usando o Twitpic e há também a possibilidade de realizar uma apresentação através da Twitcam o qual o professor aborda um determinado tema e os alunos, cada qual do lugar onde estiver, podem interagir via Twitter fazendo perguntas, refletindo e comentando durante a apresentação.
  • O Blog é uma ferramenta bem conhecida do professor e pode ser muito explorada pedagogicamente. Numa aula em que os alunos estão diante dos computadores o professor pode propor a realização de um texto colaborativo em que cada aluno primeiro fale a sua contribuição e em seguida passe a escrevê-la na caixa de comentários. Enquanto ele está escrevendo o outro aluno contribui oralmente e em seguida, também passará a registrar o que falou nos comentários. Quem ainda não contribuiu está atento ao que o colega está falando para poder contribuir, e aquele que já contribuiu está atento registrando por meio da escrita a sua contribuição. Desta forma, cada um estará envolvido no assunto e participando ativamente. Feito isso o professor poderá compor o texto utilizando todas as contribuições. Para isto, o professor precisa somente criar um blog para estas interações e habilitar o “anônimo” no comentário devendo cada aluno assinar a sua contribuição. Veja que desta forma o professor não precisa criar e-mail e nem cadastrar o aluno na ferramenta.  O professor pode, usando a mesma dinâmica, trabalhar com alunos das séries iniciais em que poderão escrever o próprio nome e o nome de alguns colegas de classe, de seus familiares,  aprendendo a usar o teclado e a distinguir a letra maiúscula da minúscula.
O professor de História poderá disponibilizar no post do blog um texto sobre algum episódio histórico, e pedir para que cada aluno escolha atuar como sendo um dos personagens envolvidos se manifestando, através dos comentários, como se estivesse participando do desenrolar deste fato. Exemplificando: se o professor estiver trabalhando a Revolução de 32 poderá dividir a sala em dois grupos em que um representará Minas Gerais e o outro São Paulo e ambos escolhem os personagens envolvidos. O professor poderá ser Getúlio Vargas e deve incitar para que os personagens representem, desde o início, os principais fatos que culminaram na Revolução de 32. O aluno para se manifestar terá que conhecer a história e isto lhe motivará a pesquisar e se apropriar dos motivos e ações ocorridas para se debater dentro do contexto. A mesma estratégia pode ser usada pelo professor de Literatura em que os alunos podem representar poetas e escritores de uma determinada fase justificando os motivos e inspirações que levaram os artistas a produzirem suas obras culminando com a sua apresentação e sua repercussão. O professor de Geografia poderá escolher um tipo de paisagem a ser estudada e cada aluno será um componente representando um tipo de solo, um animal da fauna local, uma vegetação da flora local, um tipo de clima e todos passam a interagir no blog, montando com suas características, a paisagem em destaque.
E assim sucessivamente podendo, o blog, ser utilizado por todas as disciplinas.
O Blog pode também ser utilizado como Blogquest utilizando as propriedades da WebQuest e disponibilizando, nos comentários, cada uma das vivências, como se fosse um diário de bordo, inclusive suas impressões sobre o produto final que deverá ser apresentado em sala de aula. Há também o Blog Projeto em que cada uma das etapas também é socializada com os colegas através dos comentários. O Projeto pode, inclusive, ser interdisciplinar, envolvendo tanto vários professores quanto várias salas de aula, ou até mesmo, duas ou mais escolas.
E você, o que achou do que expus aqui neste artigo? Você concorda? Discorda? Concorda em parte?
Deixe registrado aqui o seu ponto de vista e contribua também para que a escola passe a usar a tecnologia de forma pedagógica estimulando em seus alunos as habilidades e competências fundamentais para a época que estamos vivendo.


Penso que as questões do autor são pertinentes...deixem seus comentários...

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Para as aulas de matemática


Ambientação com o Geogebra

Achei esse planejamento...uma sugestão para as aulas de matemática...
Objetivos
- Explorar o software Geogebra.
- Testar conjecturas durante a resolução de problemas e validar a consistência das construções.

Conteúdo
- Geometria dinâmica.

Ano
8º.

Tempo estimado
Cinco aulas.

Material necessário
Computadores com o Geogebra.

Flexibilização
Para alunos com deficiência visual
O software Geogebra possui um recurso para aumentar o tamanho da fonte do programa (basta acessar Menu principal > Opções > Tamanho da fonte), o que pode ser de grande valia para alunos com baixa visão. A versão 4.0 do programa também permite modificar as cores das figuras geométricas, o que amplia o contraste da tela para esses alunos. Além disso, o software permite salvar as construções geométricas no formato SVG, que pode ser usado por sistemas táteis como oIVEO, da ViewPlus. Esse sistema importa imagens em diferentes formatos e cria arquivos "táteis" que podem ser enviados para uma impressora braile. Caso a sua escola não tenha acesso a nenhum desses sistemas, vale antecipar as atividades para o aluno cego e preparar as figuras geométricas que serão trabalhadas em relevo. As atividades de construção de figuras podem ser feitas usando pedaços de barbante ou palitos de sorvete. Amplie o tempo de realização de cada uma das etapas e conte com o apoio do AEE no contraturno.

Desenvolvimento
1ª etapa
Instale e explore o software para descobrir o que ele oferece. É importante conhecê-lo bem antes de apresentá-lo à turma. Providencie que os computadores usados pelos alunos também tenham a ferramenta.

2ª etapa
Divida os estudantes em duplas e apresente o Geogebra: uma ferramenta para trabalhar com geometria. Mostre as janelas geométrica (no canto direito) e algébrica (esquerdo) e suas principais possibilidades - construa elementos simples na janela geométrica, como um ponto ou um segmento, e explique que o que se vê na janela algébrica são os atributos dos objetos desenhados. Chame a atenção para as muitas possibilidades, como exibir os eixos de coordenadas na janela geométrica. Incentive a turma a usar o programa livremente.

3ª etapa
Peça que os alunos façam quadriláteros no computador e expliquem o processo. Eles podem ter criado quatro pontos e os ligado com segmentos de reta ou ter utilizado o botão "polígonos", entre outras possibilidades. Discuta as vantagens de cada opção.

4ª etapa
Solicite que os estudantes construam um triângulo com o botão "polígonos" e modifiquem-no diversas vezes, clicando em "mover". O objetivo é encaminhar a turma a perceber que é possível usar o dinamismo do programa para experimentar a validade de propriedades de certos objetos geométricos e que o Geogebra tem vantagens em relação ao papel. Por exemplo, explique que alterando os objetos na construção de um triângulo inicial, eles podem gerar uma infinidade de triângulos e verificar em todos a propriedade da soma dos ângulos internos. Nesta etapa, para facilitar a verificação de propriedades, introduza a utilização do campo "entrada", localizado na parte inferior da tela, para a criação de "campos calculados".

5ª etapa
Proponha que os alunos construam um triângulo isósceles utilizando um segmento dado inicialmente como a base. Peça que eles verifiquem se o triângulo construído é realmente isósceles ou se o segmento dado inicialmente foi alterado. A turma deve produzir vários tipos de solução que sempre garantam a congruência dos outros dois lados do triângulo. Apresente à turma tanto as soluções nas quais o triângulo permanece isósceles como aquelas em que esse fato não se verifica e discuta o conceito de construção rígida (que mantém invariantes as propriedades da figura que se pretende construir e que a definem, mesmo que os objetos iniciais dados para a construção sejam alterados. Enfatize que, se alguém construiu o triângulo isósceles corretamente, ninguém é capaz de desmontá-lo do ponto de vista de suas propriedades inerentes, alterando os dados iniciais da figura no software.

Avaliação
Peça que a turma construa um paralelogramo que tenha como vértices três pontos não colineares dados inicialmente. O desafio é fazer uma figura que seja um paralelogramo mesmo que a posição dos pontos iniciais seja alterada. Utilizando o paralelismo dos lados opostos que define a figura solicitada, entre outras soluções, muitos alunos podem recorrer à utilização do botão "reta paralela" para encontrar o quarto vértice do paralelogramo.



http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/ambientacao-geogebra-636086.shtml



para baixar o programa : http://www.geogebra.org/cms/

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Projeto: “Planejamento, em primeiro lugar”


Mês: Agosto
Tema Central: Sapucaia do Sul (50 anos)

Proposta de Atividades:

·         Pesquisa: Internet ou Enciclopédias da Escola - Editor de Apresentação -  História do Município (pontos turísticos, localização, símbolos, hidrografia);

·         Produções de alunos (após a pesquisa): Editor de desenhos (1º e 2º anos);

·         Editor de texto: acróstico, paródia, poemas (3º ao 6º ano);

·         Editor de apresentação – 7º ao 9º ano
1.      Como montar uma apresentação em slide;
2.      Com as informações (pesquisa) – os alunos montam seus trabalhos e apresentam para a turma.

·         Pesquisa no Google sobre o histórico de Sapucaia do Sul;

·         Gravação de vídeo sobre Sapucaia do Sul e o aluno: “Minha história de vida com a cidade”;

·         Postagem da gravação no blog da escola;

·         Relatos dos alunos por escrito no blog da escola, relacionado com as gravações;

·         Gincana envolvendo atividades desenvolvidas em sala de aula e Labin;

·         Zoológico (Pontos turísticos);

·         Pintura da bandeira e do brasão;


       Dia dos Pais: vídeo com declaração das crianças para os pais. Postar no Blog da escola;

·         Piche-me: site de recados, onde os alunos digitam recadinhos para os pais. Colocar link do site no Blog da escola;
·         Selecionar e escolher molduras na internet, inserir no programa de desenho e montar cartões para imprimir;

         Sugestões de sites:
  •  “racha cuca” (raciocínio lógico), 
  • “professor interativo” (raciocínio), 
  • “sórisomail” (raciocínio), 
  • “nova escola” (jogos educativos), 
  • “jogo da forca” (1º da lista do google), 
  • “toondoo” (p/ montar histórias em quadrinhos);


 Sugestões de atividades sem internet:

1.      Texto coletivo: as crianças vão mudando de computador e construindo histórias;
2.      Labin na sala de aula: com data show, reproduzir CD’s educativos dentro da sala de aula, com a participação de todos;
3.      Montando livros no Power Point (slide).

·         Ed. Infantil, 1º e 2º anos – desenho dos animais para criação de slides;

·         3º ano – criando alfabeto com o nome dos animais (write);

·         4º e 5º anos – pesquisa e digitação (histórico, localização geográfica, educação, saúde, pontos turísticos, colar imagens e formatar);


Atividades elaboradas pelos professores dos Labins das escolas municipais de Sapucaia do Sul 




“Com talento ganhamos partidas; com trabalho em equipe e inteligên-cia, ganhamos campeonatos.” (Michael Jordan)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Efeito Google




Lavoisier dizia que "na natureza nada se perde, nada se cria; tudo se transforma", e Darwin sentenciou na Teoria da Evolução da Espécies que os seres vivos - e entre eles nós, humanos - se adaptam e evoluem de acordo com o ambiente em que vivem.
Incontáveis anos após a morte da dupla que ajudou a revolucionar a ciência como conhecemos, a "evolução" da humanidade ocorre em um meio que não é animal, vegetal ou mineral: o mundo virtual da internet. Segundo pesquisa publicada no mês passado pela revista norte-americana "Science", as pessoas estariam deixando de armazenar a informação para guardar onde ela seria encontrada. Com o título "Os efeitos do Google na memória: as consequências cognitivas de ter a informação na ponta dos dedos", o estudo foi realizado com 60 alunos da Universidade de Harvard e ficou conhecido por "Efeito Google". Basicamente, o estudo chegou à conclusão de que a capacidade de memorização havia diminuído. Para muitos, além de interferir na memória, a prática de pesquisa na internet vem substituindo o costume de se averiguar informações ou dúvidas entre amigos, parentes e especialistas.
E essa "adaptação" do ser humano a um novo "ambiente" teria chegado às salas de aula do Sul Fluminense? Segundo a professora e Mestra em Linguística e Língua Portuguesa pela PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica), Ana Malfacini - que trabalha com alunos do ensino médio, segundo grau e de ensino superior -, a resposta é "sim" - e isso não seria bom:
- Acho que os alunos banalizam a ferramenta, não a usam de maneira adequada. Um bom exemplo é a Wikipedia, nos últimos tempos, ele virou um oráculo; se você não acha algo lá, parece que o assunto tem menos importância. Parece então que o senso comum confia mais na internet do que nas pessoas - criticou.
Ela disse, ainda, que vem sentindo as mudanças constantemente, com alunos conectados à internet em sala de aula através de redes WiFi e que, ao invés de ajudar no ensino, isso acaba apenas resultando em menor atenção ao que é repassado - exatamente por confiar no que é encontrado na rede mundial de computadores.
- Os alunos baixam trabalhos inteiros através da Web e entregam como pesquisa, mas ainda tenho alunos que interagem comigo, dizendo que pesquisaram no Google o que eu ministro. Mas isso é muito raro; no fim, o povo gasta muito tempo nas redes sociais - salientou a professora.
Para Malfacini, o professor precisa saber usar ferramentas virtuais; ela destacou, inclusive, que algumas escolas já capacitam os profissionais de ensino nesse sentido e que cabe a eles o papel da mediação.
- Os professores têm novos desafios, mas continuam sendo profissionais igualmente importantes. Eles precisam mostrar para os alunos como se raciocina na Web e não deixar que eles saiam repetindo lugares-comuns, mas é difícil. A resistência é grande por parte de alunos viciados e professores pouco estimulados - lamentou.
A professora, entretanto, não vê apenas desvantagens nessa mudança de paradigma:
- Isso significa que estamos fazendo novas conexões e que a nossa memória está selecionando o que achamos mais produtivo. Só me preocupa o fato de as pessoas perderem o contato com o tradicional, deixar de ir a uma biblioteca e pesquisar tudo na rede. "Por que ir a um teatro se tenho o YouTube?" Mas aí o problema não é da internet ou do Google, mas das pessoas - acredita.
‘Ferramenta válida'
Existe, porém, quem veja de outra forma o fato dos alunos recorrerem ao Google para saber sobre informações pontuais. É o caso da também professora e Doutora em Comunicação Social Aline Pereira:
- É importante frisar que o Google é uma ferramenta de busca que conduz a fontes de pesquisa, assim como os livros, as revistas e as enciclopédias. Falar em termos gerais sobre "pesquisa no Google" é muito vago. É possível fazer diversos tipos de pesquisa no site. Uma coisa é a pesquisa para simples verificação de dados, datas ou acontecimentos. Outra coisa é a pesquisa em artigos acadêmicos ou livros disponíveis na internet, desde que citados. E uma terceira, bem diferente, é copiar material disponível na internet sem dar os créditos, como se o texto fosse seu. Acho que o problema está nesta última, mas isso não é novidade - afirmou.
Ela aproveita para salientar os benefícios e malefícios da ferramenta de pesquisa:
- Existe um recurso no próprio Google, inclusive, que é o "Google Acadêmico", que conduz direto a artigos científicos. O lado positivo é a rapidez e a facilidade com que solucionamos uma dúvida que nos tomaria tempo e também o contato com outras pesquisas sobre o seu tema. O lado ruim é que muita gente abusa e acaba se apropriando de informação de terceiros. A consulta não pode ser cópia integral, substituindo o que deveria ser fruto de um pensamento crítico e reflexivo do aluno. Hoje em dia, alguns alunos simplesmente utilizam o recurso de "copiar" e "colar" do computador sem se darem sequer ao trabalho de ler o resultado final. Já recebi trabalhos onde o aluno se esqueceu de tirar o endereço da internet do rodapé da página - contou.
A professora do UniFoa (Centro Universitário de Volta Redonda) acredita que a informação não deva ser retida (no sentido de decorada). Dessa forma, ela não se importa que os alunos usem o Google como consulta se isso lhes poupar tempo para o que realmente importaria, na sua opinião: a contribuição ao tema através de uma reflexão crítica.
- Não é o objetivo da escola ou da universidade fazer com que o aluno decore informações. É lógico que ele precisa ter uma noção temporal. Saber, por exemplo, que o Renascimento vem depois da Idade Média. Mas saber em que ano Leonardo Da Vinci pintou a Mona Lisa, isso ninguém precisa saber de cor - destacou Aline, que aponta para outro problema que, segundo ela, seria mais crítico:
- O que eu noto é que os alunos chegam, a cada semestre, mais despreparados, mas isso não tem nada a ver com a internet. A culpa é do nosso sistema educacional que não prepara os estudantes para o ensino superior. A leitura e o estudo são atividades desmerecidas atualmente. Não temos cultura literária - criticou a acadêmica.
Se essa nova forma de pesquisar tornou o plágio mais comum e aceito, Aline destaca que a internet também facilita o trabalho do professor para demonstrar que "o crime não compensa":
- Assim como os alunos têm mais rapidez para copiar, os professores também têm muito mais rapidez para detectar a cópia - disse a profissional da educação.
Rapidez
A estudante de Comunicação Social Carina de Almeida, de 22 anos, é uma que reconhece a influência do "Efeito Google" na sua vida acadêmica.
- Basta colocar fragmentos ou palavras mesmo sem as conjunções na área de busca e já temos uma pista ou o próprio assunto que queremos encontrar. A gente tenta guardar emails, sites, informação mesmo em cadernos ou agendas, mas é impossível manter esse controle se, com um clique, a gente encontra o que quer na internet. É muito mais prático do que folhear cadernos - afirmou.
Carina também acredita que a internet passou a ser a substituta de amigos e parentes na hora de se procurar uma informação:
- Ela (a internet) é mais rápida do que perguntar para alguém, sem contar que a pessoa pode errar. A Web também não é perfeita, mas nela sabemos como "caçar" a informação. Por mais que a net seja dispersa, variada, alguns sites já passam confiança - explicou.
 

http://diariodovale.uol.com.br/noticias/4,44321,%E2%80%98Efeito%20Google%E2%80%99%20ja%20e%20sentido%20nas%20salas%20de%20aula%20da%20regiao.html#axzz1UROqORkK

terça-feira, 19 de julho de 2011

Sim, a tecnologia é uma grande aliada para transformar a educação

Referência em pesquisas sobre o impacto da tecnologia educacional nos processos e ambientes de ensino e aprendizagem, Betina Von Staa, doutora em linguística aplicada e estudos da linguagem, estava de malas prontas para a Pensilvânia quando conversou com o Instituto Claro dias atrás. Contou que o item mais importante da bagagem que seguiria para o ISTE 2011, conferência anual promovida nos Estados Unidos pela Sociedade Internacional para a Tecnologia na Educação, realizada entre 26 e 29 de junho, era um estudo recém-finalizado que apresentava o caso da cidade piauiense de José de Freitas.

Iniciado em 2009, o estudo, financiado pela Positivo, reforça o que educadores e instituições inovadoras vêm ecoando a partir de experiências próprias e o que pesquisas começam a afirmar com certa convicção: a tecnologia impacta positivamente na educação. “Avaliamos resultados em 11 municípios e, em todos eles, constatamos os benefícios da tecnologia para a aprendizagem. Mas, nas escolas de José de Freitas, até então muito carentes de tecnologia e listadas entre as que apresentam Ideb baixo, uma avaliação detalhada mostrou como o dia a dia da aprendizagem foi modificado”, relata Betina. “A gente pôde observar isso porque partimos realmente do início: ensinamos os educadores a usar o mouse”, destaca.

O processo
Do mouse para a lousa digital. Da lousa digital para a coordenação de atividades em sala de aula com um laptop para cada aluno. Das atividades nos laptops já programadas em softwares disponibilizados até aquelas criadas pelos próprios educadores. Foi assim que, em dois anos, a tecnologia se espalhou pelas escolas estaduais do município piauiense e, atrelada ao currículo das instituições, ampliou - e impactou - as possibilidades de aprendizagem.

“Posso dizer, sem medo, que a nossa escola sofreu uma transformação. Não tínhamos computador nem na diretoria. Tudo o que fazíamos era na LAN house. Hoje não apenas temos recursos tecnológicos educacionais como os nossos educadores estão capacitados para lidar com essa tecnologia, e o resultado disso é que deixamos de ser vistos como escola ultrapassada, velha, com resultados defasados, e passamos a receber transferências de alunos que nos procuram por sermos uma das melhores da região”, comemora Maria do Perpétuo Socorro, diretora da Unidade Escolar Padre Sampaio. Além da “revolução”, ela acredita que a tecnologia promoveu um resgate da instituição, incluindo os professores, que voltaram a atuar com entusiasmo. As médias de português e de matemática já subiram nas séries do ensino fundamental da escola.

Sem capacitação, impacto é reduzido

As duas sessões de 40 horas de treinamento para uso dos recursos tecnológicos recebidos pelos professores de José de Freitas foram decisivas, avalia Betina. A tecnologia, por si só, não transforma. E a resistência da qual muito se fala nas escolas quando a tecnologia chega se deve ao fato de os professores não terem domínio sobre a mesma. Sem capacitação e apoio, como os professores podem fazer um planejamento de aula que inclua aqueles recursos? Estarão sempre no desconfortável papel de tentar lidar com uma ferramenta que os alunos geralmente já dominam ou estão mais próximos de dominar.

Isso porque, como afirmou a diretora Maria Perpétuo, foi possível observar que os estudantes não têm qualquer medo de acessar, manusear, mesmo quando recebem um recurso pela primeira vez. “Eles vão explorando, descobrindo, entusiasmam-se, mas não têm um foco. Esse precisa ser o papel do professor: direcionar o foco, e foi o que conseguimos”, afirma a diretora. 



Em outra realidade, o município de Matinhos, no Paraná, também observou mudanças significativas com a chegada da tecnologia educacional no primeiro semestre de 2010. Aldamara Correa, secretária municipal de Educação da cidade, diz que o investimento em tecnologia foi fruto da necessidade de ir além das aulas de informática nas escolas. “Sabíamos que seria positivo, mas não podíamos imaginar que seria tanto.” Aldamara conta que, nas oito escolas beneficiadas, é possível perceber mudança no perfil de educadores e educandos. “Cerca de 80% dos nossos docentes eram desprovidos de competências digitais, e hoje estão capacitados e atuando com a tecnologia em sala de aula”, afirma. Os alunos, por sua vez, estão mais protagonistas. Criam conteúdos para serem apresentados em formatos digitais nas aulas e se envolvem mais na escola e fora dela com os conteúdos curriculares. Tudo isso em uma nova dinâmica: “Hoje não temos laboratório de informática, temos a tecnologia nas salas, inseridas nas atividades do dia a dia dos professores”, explica, para deleite dos educadores inovadores que defendem que a tecnologia precisa fazer parte da escola de forma transversal, e não estar trancafiada em alguma sala empoeirada.

domingo, 3 de julho de 2011

Objetos de Aprendizagem

Os objetos de Aprendizagem são recursos digitais que servem de ferramenta pedagógica para o professor. Eles são desenvolvidos por grupo de alunos, professores, pesquisadores e o seu uso em sala de aula permite instigar a curiosidade dos estudantes e lançar desafios que estimulem o raciocínio. Encontramos objetos de aprendizagem para várias disciplinas, mas o que precisamos realmente reavaliar são as práticas tradicionais que tem se mantido, mesmo com a utilização de novas tecnologias. É necessário contextualizar o trabalho pedagógico desenvolvido e embasá-lo em um planejamento coerente e com objetivos claros.

"A expressão objetos de aprendizagem pode ser entendida como recursos digitais que apresentam atividades multimídia, interativa, na forma de animações e simulações. São configurados como blocos de conteúdo educacional que podem apresentar uma certa independência, mas isso não pressupõe que não possam ser articulados a outros objetos. Esta configuração contribui, quando inserida numa proposta pedagógica, para romper com a idéia de construção de conhecimento numa perspectiva linear."

Os objetos de aprendizagem podem ser empregados pelo professorpara: 

  • Contextualização do tema curricular por meio de uma situação-problema
Para os alunos, os objetos permitem: 
  • Observação do fenômeno
  • Interação com a situação-problema
  • Interferência nos resultados observados
Repositórios de objetos 
Correspondem a bancos de dados que armazenam metadados sobre objetos de aprendizagem e, em alguns casos, os próprios objetos. Através desses repositórios, é possível localizar, adicionar e obter os objetos para incorporá-los em nossa aplicação. 
PROATIVA-Grupo de pesquisa e produção de ambientes interativos e objetos de aprendizagem
RIVED - Rede Interativa Virtual de Educação
PROJETO CESTA - Coletânea de Entidades de Suporte ao uso de Tecnologia na Aprendizagem



http://informaticaeeducacaoblog.blogspot.com/2008/05/objetos-de-aprendizagem.html

sábado, 2 de julho de 2011

Usando Facebook e Twitter na educação

sociedade da informação e do conhecimento em uma velocidade de mudanças rápidas que não pode seguir ou regulamentos e administração, por isso é os participantes que interpreta a mudança "essas regras" e quando falamos de educação , professores e educadores que estão têm em suas mãos a primeira mudança. É hora de ouvir o que os alunos têm a dizer, ouvir, facilitar o diálogo, a participação, sabendo o que pensar, o que lhes interessa e que a sua língua e no espaço, e para isso, nada melhor do que olhar para o Facebook eo Twitter.Livros e lousas estão confinados a um ambiente fechado e estagnada no passado, dentro defaculdades e universidades com a estrutura ao longo dos séculos, mas os estudantes já não pertencem a estes espaços, mas se mudaram para espaços virtuais e aberto, onde permitido e incentivado acriar e interagir , eles criam ... porque se há algo de essencial na formação da criatividade de um indivíduo, incentivar os alunos a ser criativo, lembre-se que o nosso mundo está avançando e inovação por aqueles que criam, aqueles que se perguntam "what if ..." (pensamento perturbador).

Como usar o Facebook na educação:

  • abrir uma conta com Facebook e criar um perfil para o seu papel como professor / educador
  • criar grupos . Pessoalmente, eu recomendo que você crie grupos com base em certas suposições sobre:
    • curso ou nível (é sempre melhor para os alunos do grupo de acordo com os níveis, a interação do segmento e ajuda a lembrar que você pode criar grupos como muitos como você deseja para livre)
    • assuntos ou temas, temática ...
    • trabalho-estudo equipes, atividades, tarefas ...
      • estabelece um conjunto de regraspara o uso e comportamento em grupos
      • se seus alunos não querem se juntar ao grupo com seus perfis pessoais e não sabe como definir o seu nível de privacidade, incentivá-los a criar um perfil alternativo para o trabalho de educação
      • criar eventos : é mais fácil dessa maneira de se comunicar com os alunos e mantê-los informados de workshops, eventos, shows, seminários e atividades do curso, tais como exames, horários, palestras ... Além disso, você vai saber o que as coisas tornaram-se mais interessado e eles receberão notificações que aceitaram e se interessou no evento
      • Medo não jogar jogos " sociais tipo "para criar uma fazenda comunidade ou restaurante pode ser um incentivo para participar e falar
      • Fazer perguntas e utilizar o forumpara fazer os alunos para conversar e discutir temas de interesse.
      • usa YouTube : Sim, as plataformas de vídeo são uma das melhores maneiras de engajar o público, especialmente se jovens. Você pode compartilhar vídeos sobre temas relacionados à educação ou materiais de classe, e, claro, vídeos de humor e interesse para eles, e utilizando alguns para reforçar o diálogo ea discussão em torno de um tópico específico.
      • Lembre-se que você receberánotificações em tempo real sobre as ações realizadas em grupos, o que acelera e simplifica a comunicação entre todos. Não deixe que o grupo se tornar um diálogo onde você sempre vê um frontão professor-aluno, incentiva os outros a sempre estar envolvido em qualquer discussão. É uma maneira conveniente de trocar os papéis professor / aluno
      • Transforme o seu grupo no Facebook, em que "outro espaço ", onde seus alunos são confortáveis ​​e ser oCommunity Manager do seu próprio curso
      Você pode querer experimentar a aplicaçãoEnsine as pessoas para os professores.

      Usando o Twitter para a educação

      • Criar uma conta
      • fazer listas assim você pode ter diferentes alunos organizados como cursos, disciplinas, temas etc ..., dessa forma você sempre pode mantê-los organizados. Não se esqueça de associar cada lista com uma hashtag que identifica a que os alunos podem encontrar mais rapidamente e facilmente os tweets
      • O Twitter é imediato e dinâmico de informação, por isso é uma grande ferramenta para gerar discussão e ser atualizado
      • é ótimo para a partilha de ligações de interesse instantaneamente
      • ensina os alunos a gerenciar as referências a outros para engajá-los naconversa .
      • Imprimir ou arquivar semana os tweets para que todos possam ver o que aconteceu
      • Twitter é só para quebrar as barras entre os alunos e trocar os papéisprofessor-aluno
      • usá-lo para partes da mídia e informação
      • incentiva os alunos a participar em discussões e brainstroming
      • Com o Twitter você pode fazer os alunos ver a importância da informação e quanto
        • elas significam em nosso mundo
        • ajudá-los a se conectar com outras bibliotecas, os alunos de outras cidades, países, grupos com interesses comuns e, sobretudo, para fazer as suas próprias listas
        • Twitter usa um quadro branco para se comunicar e se conectar todo o ambiente da sua sala de aula e fora da classe
        • encorajados a participar emjogos como a criação de histórias, curiosidades, concursos ...
        E lembre-se que a aprendizagem começaquando alguém descobre algo novo ... algo que não tem que acontecer na sala de aula ...