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Sapucaia do Sul, RS
Blog criado na aula de introdução a educação digital

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Alunos brasileiros estão dez anos atrasados em inclusão digital



GENEBRA - Metade dos estudantes brasileiros está "desconectado" e o País soma uma década de atraso em comparação aos alunos de escolas de países ricos no que se refere ao acesso à computadores e Internet. Se não bastasse, as escolas brasileiras estão entre as piores em termos de acesso de seus alunos à informática, o que pode já comprometer a formação de milhares de jovens.

Esse é o resultado do primeiro levantamento PISA feito para avaliar a relação entre os sistemas de ensino e a tecnologia. Segundo o documento, elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a escolas brasileiras não estão equipadas e o País é o último numa lista de 38 sistemas de ensino avaliados quando o assunto é o número de computadores em escolas por alunos. O Brasil é ainda um dos países mais desiguais em termos de acesso aos computadores e a disparidade continua aumentando.

Apesar de os dados serem de 2009, os pesquisadores acreditam que eles revelam uma imagem da preparação de diferentes sistemas de ensino para enfrentar o século 21 e suas tecnologias. Ela mede o acesso ao computador de um estudante de 15 anos no mundo.

De um total de 65 países avaliados, apenas dez estão em uma situação pior que a do Brasil. Segundo o levantamento, alunos da Romênia, Rússia e Bulgária contam com mais acesso à tecnologia que os brasileiros.

Na média, 53% dos estudantes brasileiro de 15 anos tinham computadores em casa. Há dez anos, essa taxa era de apenas 23%. Apesar do avanço, os números são ainda muito inferiores à média dos países ricos. Na Europa, Estados Unidos e Japão, em média mais de 90% dos estudantes tem um computador em casa.

A taxa de 50% que o Brasil tem hoje é equivalente ao que a média da Europa tinha no ano 2000. O atraso, portanto, seria de dez anos.

Desigualdade. Mas o estudo revela que a média brasileira na realidade esconde uma profunda desigualdade no acesso à informática. Entre a camada mais rica dos estudantes, 86% deles tem computador e Internet em casa. A taxa é equivalente aos estudantes dos países ricos.

Mas entre os estudantes com menos recursos no Brasil, apenas 15% tem a ferramenta. A proporção é bem melhor que o cenário do ano 2000. Naquele ano, apenas 1 a cada 100 estudante pobre tinha acesso ao computador e uma série de iniciativas vez o número subir. Agora, são 15 alunos para cada 100 com acesso. Mas segundo a OCDE, a diferença entre os estudantes ricos e pobres no Brasil é uma das maiores do mundo e continua a aumentar, e não reduzir.

Nos países europeus, a diferença entre as duas classe é de menos de dez pontos percentuais. Entre os alunos brasileiros que tem computadores, menos de 30% dos mais pobres tem Internet em casa. Nos ricos, eles chegam a 90%.

Escolas. Para Sophie Vayssettes, pesquisadora da OCDE que preparou o levantamento, cabe ao poder público compensar essa disparidade social, dando acesso aos computadores nas escolas. "Muitas famílias não tem renda para ter um computador em casa. Mas políticas devem ser implementadas para permitir uma correção dessa situação e dar esse acesso em locais públicos, como as escolas", disse ao Estado. 
Mas, no caso do Brasil, essa política continua frágil. Hoje as escolas tem um computador para cada cinco alunos, taxa considerada como insuficiente. Na média dos países ricos, as escolas tem um computador para cada dois alunos. Na Austrália, o sistema de educação garante um computador por aluno.
Segundo o levantamento, o Brasil é o último em uma lista de 38 sistemas de ensino a garantir acesso ao computador, superado pela Albânia, Indonésia e Bulgária.
O levantamento mostrou que 62% dos alunos brasileiros frequentam escolas com sérios problemas para garantir acesso de seus estudantes aos computadores. Entre a classe mais pobre, 3 de cada 4 está em escolas com sérias deficiências.
"O aprendizado do uso de computadores é primordial para o futuro desses jovens ", disse Sophie. "Estudos mostram que pessoas com conhecimento de informática tem 25% a mais de chance de encontrar um trabalho. Portanto, preparar os alunos aos século 21 é fundamental para qualquer sistema de ensino ", alertou.
Segundo a pesquisadora, não é apenas com o objetivo de encontrar um posto de trabalho que a informática deve ser ensinada na escola. " Cada vez mais, muito do que fazemos está sendo limitado à Internet, como a compra de passagens aéreas. Não ter acesso à computadores também é uma forma de exclusão social ", completou.

terça-feira, 28 de junho de 2011

PRO DIA NASCER FELIZ

direcao: Joao Jardim
Diário de observação do adolescente.
O adolescente, com suas angústias e inquietações, e, em especial, a maneira como ele se relaciona com um ambiente fundamental em sua formação -- a escola -- é o foco central de investigação de Pro Dia Nascer Feliz, o segundo longa-metragem de João Jardim, diretor do cultuado documentário Janela da Alma que, em 2002, bateu recordes de público no gênero. O filme é produzido pelo diretor em conjunto com o experiente produtor Flavio R. Tambellini.

www.prodianascerfeliz.com




sábado, 25 de junho de 2011

e-mail

1 - O que é um e-mail?
1.1 - Introdução





A palavra "E-mail" (pronuncia-se "imêil" e escreve-se com hífen) é a abreviatura da expressão inglesa "electronic mail", que significa correio eletrônico. 

E-mail pode designar três coisas distintas: 
·  a própria mensagem (mandar um e-mail),
·  o serviço de entrega de mensagens (mandar por e-mail)
·  o endereço eletrônico do destinatário (mandar para o meu e-mail)
Os e-mails são transmitidos através da internet, que é uma rede composta por milhões de computadores em todo o mundo. 
Pela facilidade de uso e eficácia, tornou-se um dos serviços mais populares da internet. 
E essa popularidade tem explicação: o e-mail é uma forma rápida e barata de manter comunicação com outras pessoas, mesmo que elas estejam muito longe ou não estejam disponíveis nos mesmos horários.

Saber usar bem o serviço de e-mail pode ajudar, entre outras coisas, a conseguir um bom emprego (muitas empresas preferem que os currículos sejam enviados por e-mail), ter acesso a informações mais rapidamente (manter-se bem informado é essencial), gerenciar, manter e ampliar sua rede de contatos (ter contato com muitas pessoas é uma ótima estratégia), sendo um poderoso diferencial em relação a quem não usa essa ferramenta. Para se ter uma idéia do poder do e-mail, basta observar que hoje em dia, quando querem manter contato no futuro, muitas pessoas trocam apenas seus e-mails ao invés de trocarem seus números telefônicos.

Assim, é importante compreender como ele funciona e quais os benefícios de seu uso para poder tirar o máximo de proveito dessa ferramenta praticamente indispensável nos dias de hoje.

1.2 - E-mail x Carta Convencional


Para entender o que é e-mail, como ele funciona e em quais situações ele é melhor do que o sistema de correios, vamos fazer uma pequena comparação...
No e-mail, ao invés de usar caneta e papel para escrever uma carta, você apenas abre um programa no seu computador, chamado cliente de e-mail (ou acessa a página do provedor de e-mails, chamada webmail) e digita uma mensagem no teclado do seu computador.

Para enviar a mensagem, você não precisa colocá-la dentro de um envelope, endereçá-lo, selá-lo e levá-lo até a caixa de correio. Basta digitar o endereço de email do destinatário, apertar o botão "Enviar" e sua mensagem já segue viagem.

As cartas convencionais são transportadas pelos Correios, enquanto os e-mails são transmitidos através da internet até os Servidores de E-mail, que são programas que funcionam nos computadores dos provedores de acesso à internet, que ficam conectados 24 horas por dia e que são responsáveis pelo envio da mensagem até o destinatário final.

As cartas convencionais são entregues pelos carteiros em sua caixa de correio, e ficam lá até que você as pegue. Já as mensagens eletrônicas chegam e são armazenadas em seu provedor de e-mails até que você abra seu programa de e-mails ou webmail para acessá-las.

1.3 - Vantagens do E-mail

Apesar da aparente semelhança entre as duas formas de enviar mensagens, o e-mail possui muitas vantagens em relação às correspondências convencionais.

Vamos ver nas próximas páginas quais são essas vantagens.

São elas:

Conveniência: o e-mail pode ser enviado de qualquer computador ou notebook conectado à internet ou mesmo de um telefone celular em qualquer lugar, a qualquer hora do dia ou da noite, sem ter que se preocupar com envelopes, selos ou agências de correios.

Velocidade: mensagens enviadas por e-mail normalmente chegam ao destinatário em poucos minutos, às vezes em apenas alguns segundos, em qualquer lugar do mundo que o destinatário esteja.


Anexos: é possível anexar textos, planilhas, músicas, vídeos, programas, jogos e outros arquivos.

Acessibilidade: e-mails podem ser facilmente arquivados e classificados por programas de e-mail ou webmails, tornando fácil a busca por uma mensagem em particular.

Preço: exceto pela taxa paga pelo acesso à internet, o envio de e-mails é gratuito para qualquer parte do mundo, como ou sem anexos, tanto para um ou para vários destinatários.

1.4 - Usando e-mails

Para enviar e receber mensagens eletrônicas, é preciso possuir um endereço de e-mail. Cada endereço de e-mail, comumente chamado simplesmente de e-mail, é único em toda a rede da internet, e é composto de 3 partes essenciais.

Vamos ver nas próximas páginas essas partes essenciais.

São elas:
- Nome do usuário: é um apelido escolhido pelo dono do e-mail para se identificar, sem espaços, cedilhas ou acentos.
- @: o arroba simboliza a palavra "at" que, em inglês, significa "em"
- Nome do servidor de e-mail: é o nome do servidor que disponibiliza o serviço de e-mail ao usuário (uol.com.br, terra.com.br, ig.com.br, hotmail.com, yahoo.com.br entre outros)

Assim, um endereço de e-mail padrão seria usuario@provedor.com.br, o que, traduzido para o português simples, significa "usuário que está em provedor.com.br"

Para conseguir um endereço de e-mail é preciso se cadastrar em um serviço de e-mails. Há vários gratuitos, como hotmail.com, yahoo.com.br, gmail.com, bol.com.br entre outros.

Os provedores de acesso à internet, pagos ou não, como uol.com.br, terra.com.br, globo.com, ig.com.br, click21.com.br entre outros, também fornecem endereços de e-mail para seus usuários.

Para o envio e leitura de mensagens, os provedores costumam criar páginas na internet para que seus usuários possam ler e enviar mensagens a partir de qualquer computador conectado à internet. São os chamados webmails.

Tanto em serviços gratuitos como pagos, usando os webmails ou os programas clientes de e-mail, a forma de utilização é basicamente a mesma. Sempre há um botão específico para criar uma nova mensagem, normalmente intitulado "Nova Mensagem", "Criar e-mail", "Escrever" ou algo parecido. 

Ao clicar nesse botão, uma tela para criação da mensagem é exibida, que nada mais é do que um formulário com campos para você colocar os destinatários, definir o assunto, digitar o texto da mensagem e, eventualmente, anexar um arquivo. 

Veja o que colocar nos campos de destinatários:

Para: é onde você deverá colocar o endereço de e-mail do destinatário principal. Se quiser, você poderá colocar mais destinatários separando-os por vírgula.

CC: significa Com Cópia. Aqui você poderá, se quiser, colocar mais destinatários que também devem receber uma cópia da mensagem.

CCO: significa Com Cópia Oculta. Se você quer mandar uma cópia da mensagem para alguém, mas não quer que os outros destinatários fiquem sabendo, você poderá usar este campo para incluir o endereço de e-mail dessa pessoa.

Preenchidos os destinatários, é hora de se preocupar com a mensagem a ser enviada:

Assunto: Sintetize em poucas palavras o assunto de sua mensagem, de forma que o destinatário consiga saber o assunto da mensagem antes de abri-la.

Texto da mensagem: Este é o espaço para você digitar a sua mensagem, como se estivesse usando um editor de textos comum, podendo mudar o tipo de letra, colocar itálicos, sublinhados, negritos etc.

Anexar arquivos: Clicando nesse botão, é exibida uma janela mostrando os arquivos que estão em seu computador para que você escolha qual deles será anexado à mensagem.

Depois de indicar o destinatário, assunto e escrever o texto da mensagem, basta clicar no botão "Enviar". 

A partir desse momento sua mensagem segue viagem pelas redes eletrônicas da internet, passando por provedores de acesso e servidores de e-mail até chegar ao seu destinatário (ou destinatários). 

Tudo isso normalmente demora apenas poucos segundos.

Os e-mails recebidos ficam armazenados em uma pasta, normalmente chamada deCaixa de Entrada, em alusão às caixas de correio tradicionais. 

Na Caixa de Entrada são listados os assuntos das mensagens, seus remetentes e a data de envio. 

Para acessar o texto da mensagem e seus anexos basta clicar. Com a mensagem aberta, você poderá encaminhá-la a outras pessoas, responder a mensagem ao remetente ou responder a todos os destinatários.
Respondendo mensagens:

Responder: ao clicar em "Responder", é aberta uma tela de criação de e-mail. A diferença é que ela já vem preenchida com o destinatário (que é o remetente da mensagem original), como o assunto, que é o mesmo da mensagem original precedido de "Re:" e, muitas vezes, acompanha uma cópia da mensagem original no espaço reservado ao texto da mensagem. Os anexos não acompanham a resposta.

Responder a todos: este botão funciona como o "Responder". A única diferença é que o campo "Com Cópia" também vem preenchido, usando todos os outros destinatários da mensagem original.

Encaminhando mensagens:

Ao clicar em "Encaminhar", também é aberta uma tela de criação de e-mail, mas dessa vez a nova mensagem vem com o destinatário em branco, para que você indique o endereço do novo destinatário. 

O assunto também já vem preenchido, e é o mesmo da mensagem original precedido de "En:" ou "Fw:" se a linguagem do programa for o inglês. 

A mensagem original é copiada no espaço reservado ao texto da mensagem. Os arquivos anexados na mensagem original permanecem como anexos na nova mensagem.



quarta-feira, 15 de junho de 2011

POLÍTICA E EDUCAÇÃO


Em entrevista recente, o ministro da Educação Fernando Haddad afirmou que o Brasil começou a priorizar a educação agora e por isso, segundo ele, o prazo para atingir um nível de excelência será extenso. Ele explica: países como a Irlanda demoraram 40 anos para atingir tal patamar na educação. Ainda de acordo com ele, o ritmo de melhorias da educação está bem forte, mas dificilmente será mantido.
O ministro ainda apontou o histórico das políticas educacionais: “em 1994, não faz tanto tempo assim, o Brasil aprovou emenda constitucional retirando recursos da educação”.
De acordo com ele, “temos que sinalizar que estamos na direção certa. Se eu não passar essa mensagem, à frente do cargo em que estou, posso sugerir para os 200 mil diretores e 2 milhões de professores que estamos vivendo a mesma situação de dez anos atrás. E não estamos. Na verdade, nós começamos a vencer a batalha. Falta muito ainda, mas a tendência é positiva”.
Ao mesmo tempo em que tal melhoria é apresentada, uma enquete realizada pelo portal IG revela que a educação é o segundo tema de mais importância nas Eleições 2010 para presidente de acordo com os internautas, com 24% dos votos, perdendo apenas para segurança, que conta com 52% dos votos (dados obtidos em 20/07).
Já passou da hora de educação se tornar algo prioritário para a política nacional. Então pergunto: na opinião de vocês, qual rumo a política deveria tomar para melhorar a educação? As políticas educacionais devem se focar somente em investimentos financeiros ou também devem voltar-se para metodologias de ensino, inovações na sala de aula, etc?

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Educação e Tecnologia: uma aliança necessária


Juracy dos Anjos ·

“Estamos diante de uma bela demonstração de que a modernização da educação é séria demais para ser tratada somente por técnicos. É um caminho interdisciplinar e a aliança da tecnologia com o humanismo é indispensável para criar uma real transformação. (...) Em síntese, só terá sentido a incorporação de tecnologia na educação como na escola, se forem mantidos os princípios universais que regem a busca do processo de humanização, característico caminho feito pelo homem até então”. (RENATO, Eduardo José. Informática e educação, 1997,05).

“A importância da reforma dos sistemas educativos é apontada pelas organizações internacionais como uma prioridade na preparação dos cidadãos para essa sociedade pós-moderna. Não é à toa que a introdução das novas tecnologias digitais na educação apresentou mudanças para a dinâmica social, cultural e tecnológica.”


Entendidas por especialistas e educadores como ferramentas essenciais e indispensáveis na era da comunicação, as novas tecnologias ganham espaço efetivo nas salas de aula. Computadores ligados à internet, software de criação de sites, televisão a cabo, sistema de rádio e jogos eletrônicos. Estas são algumas das possibilidades existentes e que podem ser aproveitadas no ambiente escolar como instrumentos facilitadores do aprendizado.

Entretanto, apesar de muitas escolas possuírem estas tecnologias, as mesmas não são utilizadas como deveriam, ficando muitas vezes trancadas em salas isoladas e longe do manuseio de alunos e professores. Existem, segundo estudos recentes, professores e escolas que não conseguem interligar estes instrumentos às atividades regulares.

De acordo com o pedagogo Arnaud Soares de Lima Júnior, “o acesso às redes digitais de comunicação e informação é importante para o funcionamento e o desenvolvimento de qualquer instituição social, especialmente para a educação que lida diretamente com a formação humana”.

No entanto, ele ressalta que os modos de viver e de pensar a organização da vida estão em crise. Está em curso uma mudança qualitativa em virtude da rápida transmissão de informações entre as sociedades, rompendo com isso as barreiras geográficas dos países.

“Por isso, cabe à educação uma parcela de responsabilidade tanto na compreensão crítica do(s) significado(s) desta transformação, quanto na formação dos indivíduos e grupos sociais. Estes devem assumir com responsabilidade a condução social de tal virada, provocada, entre outros fatores, pela revolução nas dinâmicas sociais de comunicação e de processamento de informação”, analisa Arnaud.

Modernização - Neste cenário, a importância da reforma dos sistemas educativos é apontada pelas organizações internacionais como uma prioridade na preparação dos cidadãos para essa sociedade pós-moderna.

Não é à toa que a introdução das novas tecnologias digitais na educação apresentou mudanças para a dinâmica social, cultural e tecnológica. Modelos pedagógicos foram quebrados, tornando-se desatualizados frente aos novos meios de armazenamento e difusão da informação. Neste momento mudam também os conteúdos, os valores, as competências, as performances e as habilidades tidas socialmente como fundamentais para a formação humana.

Apesar de tentar responder a estas questões imediatas, muitos educadores salientam que a inserção, no contexto educacional, destas tecnologias ainda é encarada como uma articulação problemática.

“Esta parceria entre educação e tecnologia é muito difícil de ser efetivada. No que se refere às tecnologias digitais, principalmente, os professores têm dificuldades de interação. Eles já até admitem utilizar o computador e a internet para preparar as suas aulas, mas não conseguem ainda utilizar as mesmas nas suas atividades em sala de aula, como instrumento pedagógico”, observa a pedagoga Lynn Alves.

Para Lynn, o uso da tecnologia não deve se restringir a mera utilização ilustrativa ou instrumental da tecnologia na sala de aula. Exemplo disso, segundo a pedagoga são as aulas de informática de colégios particulares e públicos, que assumem apenas o papel de ensinar o uso dos programas.

“O jovem já sabe disso, ninguém precisa ensiná-lo. Por este motivo, estas aulas acabam se tornando um espaço de “desprazer”, porque os estudantes querem utilizar a tecnologia para criar, re-significar, construir e intercambiar saberes. Infelizmente, este potencial todo a escola ainda despreza”, frisa Lynn.

Internet e Educação

“A Internet é muito mais que um mero instrumento. Além de um dispositivo, ela representa um modo diferente de efetivar a comunicação e o processamento social da informação”. Esta observação é feita por Arnaud Soares Júnior, professor do mestrado em educação e tecnologia da Universidade Estadual da Bahia e autor do livro “Tecnologias Inteligentes e Educação: currículo hipertextual”.

De acordo com o educador, neste panorama de efetiva transformação, o uso da Internet não representa grande desafio para que os professores aprendam a sua utilização, porque suas funções mais sofisticadas são acionadas até mesmo por intuição. Isso por causa da expressão “interface amigável”, que viabiliza o manuseio rápido e fácil.

“Para acessar a Internet não se requer nenhum grau mais elevado de operação mental. Mas, discriminar suas características tecnológicas, sua lógica de funcionamento, e sua natureza comunicativa e informacional, de modo crítico, criativo e politicamente engajado, requer um processo de formação mais abrangente e conseqüente. Tal não poderá ser feito, por exemplo, pelos cursos relâmpagos de informática, nem pelos treinamentos em informática básica”, analisa o professor.

Já no que diz respeito a utilizar a internet como meio para atrair a atenção dos estudantes, Arnaud salienta que não basta prender a atenção dos estudantes com a tecnologia, porque isto já acontece naturalmente, em virtude das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) exercerem fascínio nas novas gerações.

“A questão mais importante é como garantir uma educação de qualidade com a utilização das TICs e como definir sua utilização mais pertinente em cada contexto de formação. Para tanto devem ser consideradas as condições e as necessidades inerentes a cada contexto, além das novas tensões sociais que aí se refletem em função do crescente processo de globalização”, explica Arnaud Soares.

Para finalizar, o pedagogo menciona que diferente do que muitas pessoas acreditam, a Internet não é só uma rede meramente técnica e digital. “A Internet dever vista pelos educadores como uma rede de comunicação, de cultura, de socialização e sociabilidade. Ela está relacionada aos interesses políticos e mercadológicos, além de sua dinâmica estar submetida aos efeitos dos desejos e de representações sociais”, conclui Arnaud.


Jogos eletrônicos: ferramenta importante na aquisição do saber

“A presença dos elementos tecnológicos na sociedade vem transformando o modo dos indivíduos se comunicarem, se relacionarem e construírem conhecimentos. Somos hoje praticamente vividos pelas novas tecnologias”.

A partir desta reflexão, Lynn Alves, professora do mestrado em educação e contemporaneidade da Uneb e autora do livro: “Game Over: Jogos Eletrônicos e Violência”, demonstra a importância da tecnologia, em especial os jogos eletrônicos na vida dos jovens contemporâneos.

Encarada por muitos como nocivo e prejudicial ao desenvolvimento cognitivo dos jovens, os jogos eletrônicos vêm ganhando espaço entre vários estudos e demonstram que podem ser mais um instrumento pedagógico no ambiente escolar. Esta reflexão partir da concepção que existe hoje uma geração submerso no mundo da tecnologia, que tem acesso seja através da televisão ou dos vídeos-game ou das LAN house.

De acordo com estes estudos, os sujeitos nascidos na pós-modernidade estão imersos em um mundo altamente tecnológico. Esta geração é defendida pelos estudiosos como os “nativos digitais” ou “geração mídia”. Uma categoria que vem sendo largamente discutida na atualidade.

Com a utilização de alguns jogos eletrônicos, a exemplo do Simcity, Civilizations e RPG, “os professores podem trabalhar o aprendizado em geografia, história, porque nesse jogo desafia os estudantes a administrar recursos, criar cidades, enfrentar catástrofes, fazer escolhas, planejar, entre outras coisas”, comenta a educadora Lynn.

Nesta perspectiva, e através do jogo eletrônico, os estudantes são estimulados a saber quais as conseqüências de colocar uma escola perto de uma fábrica poluente, além de verificarem quais os problemas sociais ou de saúde as ações realizadas durante o jogo podem causar.

De acordo com Lynn, até mesmo nos jogos violentos, tanto crítica por inúmeros pais, podem servir de fonte de aprendizado e estímulo entre o público jovem. “Você pode trabalhar a questão cognitiva, pois estes jogos exigem uma habilidade sensorial e motora muito grande, tomada de decisão e planejamento estratégico”, conclui Lynn.

http://www.overmundo.com.br/overblog/educacao-e-tecnologia-uma-alianca-necessaria

o ensino mais atraente


Unesco apoia uma estrutura curricular que torne o ensino mais atraente


BRASÍLIA - A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) está convencida de que é preciso mexer na estrutura curricular das escolas para tornar o ensino mais atraente para os jovens. A Unesco sugere que 25% da carga horária sejam destinados a atividades independentes das disciplinas tradicionais. A ideia é que as turmas desenvolvam projetos, a partir dos conhecimentos aprendidos em sala de aula. Pode ser um programa de prevenção da Aids e do uso de drogas, a criação de um blog ou um levantamento sobre o mercado de trabalho na comunidade.
Os demais 75% da carga horária poderiam ser preenchidos com disciplinas tradicionais ou não, desde que quatro áreas do conhecimento fossem contempladas: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. O fundamental, segundo os Protótipos Curriculares do Ensino Médio elaborados pela Unesco, é que as aulas expositivas deem lugar a uma dinâmica que tenha o estudante como protagonista da investigação e da busca do conhecimento.
- A prática hoje no interior da escola é compartimentada em disciplinas isoladas, sem planejamento coletivo, sem políticas mais estruturadas de formação de professores - resume a oficial de Projetos em Educação da Unesco no Brasil, Marilza Regattieri.
A proposta da Unesco foi apresentada ao Conselho Nacional de Educação (CNE) no mês passado. A entidade pretende agora firmar parceria com governos estaduais para realizar um projeto piloto. Ou seja, levar os protótipos ao teste de fogo das salas de aula. Além de um modelo para o ensino médio de formação geral, a Unesco sugere uma organização curricular para o ensino médio integrado à formação profissional, isto é, curso geral mais curso técnico.

Leia mais sobre esse assunto em
http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2011/06/13/unesco-apoia-uma-estrutura-curricular-que-torne-ensino-mais-atraente-924669164.asp#ixzz1PAGvxmG7
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sábado, 11 de junho de 2011

html e mais dicas

http://scratch.mit.edu/
 Scratch é  uma linguagem de programação que possibiita crianças e adultos criarem jogos, simulações e animações. O programa foi desenvolvido pela equipe do MIT e a cada  versão apresenta novidades.


Vamos testa no linux....depois digo se funciona....


toondoo é um  editor de História em quadrinhos on-line. É simples, prático e conta com vários recursos, além de poder divulgar suas produções em um site ou blog.


http://www.vivenciapedagogica.com.br/dicas.html

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Guia dos curiosos da internet: Google traduz livro digital para português Obra traz funcionalidades inusitadas, como um marcador de páginas virtual, que permite ao usuário retomar a leitura de onde parou





Como são criadas as páginas da internet ou de que forma é possível garantir a privacidade durante a navegação? Estas e outras perguntas são respondidas no livro digital 20 Lições que Aprendi Sobre Navegadores e Web, criado pelo Google e que acaba de ser traduzido para o português.

O livro, preparado em HTML5, foi lançado no final de 2010, na versão em inglês, com o título 20 Things I Learned about Browsers and the Web e, segundo o Google, virou um sucesso entre professores, desenvolvedores e usuários interessados em entender como a internet funciona.

“Para desenvolver essa experiência da web, nós nos inspiramos nas coisas que adoramos em livros e as ampliamos para o mundo dos bits e bytes, com os recursos das tecnologias modernas da web”, destaca o Google, em seu blog oficial. “Prestamos especial atenção em encontrar o equilíbrio ideal e em acomodar a página e as viradas de página, além de disponibilizar o livro off-line”, acrescenta a empresa.

Entre as funcionalidades do livro virtual, o Google criou marcadores de página virtuais, para que o leitor retome a leitura de onde parou. Além disso, ele conta com um modelo ‘sem luzes’, simulando que o usuário está utilizando uma lanterna sob o cobertor para visualizar as páginas.

ENTREEEEEEEEEEE Vale a pena


Quer acessar o 20 Lições que Aprendi Sobre Navegadores e Web? Entre no endereço http://www.20thingsilearned.com/pt-BR e boa leitura!




http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/guia_dos_curiosos_da_internet_google_traduz_livro_digital_para_portugues

Dez filmes para você entender mais sobre meio ambiente

1 – A Era da Estupidez [The Age of Stupid]


O filme se passa em 2055 e conta uma história que mistura elementos de ficção, animações ilustrativas e realidade. Em um grande arquivo isolado no Ártico está guardado todo o conhecimento produzido pela humanidade. O arquivista que conduz a narrativa do filme, interpretado por Pete Postlethwaite, questiona nossa capacidade de ação. Nos dias de hoje, a trama mostra histórias paralelas – e reais – sobre a indústria de combustíveis fósseis, desperdício, pobreza, crianças que convivem com as guerras no Oriente Médio e derretimento de geleiras.
Uma citação do filme: “Muitas ideias tentaram conquistar o mundo, mas só uma prosperou: o consumismo. Três mil propagandas nos bombardeiam diariamente dizendo que seremos mais felizes, mas atraentes.” [Dirigido por Franny Armstrong. 2009.  Trailer]
2 – A Enseada [The Cove]

Premiado em vários festivais de cinema pelo mundo e vencedor do Oscar 2010 como Melhor Documentário, o filme denuncia a matança de golfinhos na costa do Japão com imagens e dados que chocam. A maior parte é filmada na cidade de Taiji, onde a equipe enfrenta todos os tipos de perseguições e proibições para fazer imagens e coletar informações sobre o assunto. A estimativa é que 23 mil animais são mortos por ano no país. As autoridades japonesas sugerem que os golfinhos (que comem peixes) são responsáveis pelo declínio da pesca mundial e, portanto, a caça “é controle de pragas”.
Uma citação do filme: “O sorriso de um golfinho é a maior enganação da natureza. Cria a ilusão de que estão sempre felizes. Você tem que vê-los na natureza para compreender porque o cativeiro não funciona.” [Dirigido por Louie Psihoyos e Fisher Stevens. 2009. Trailer]
3 – Alimentos S.A [Food, Inc.]

“O tomate não é mais um tomate, é um conceito de tomate.” Essa é uma das muitas passagens do filme Food, Inc que tenta desconstruir a imagem que temos (ou que não temos) sobre os alimentos que consumimos. A cadeia de produção, as viagens que os alimentos fazem ao redor do mundo até chegar ao prato dos consumidores, as patentes de sementes, os alimentos transgênicos, o sistema alimentar industrial, as condições de trabalho nas fábricas e os mecanismos da indústria e de preços são alguns dos assuntos abordados no filme.
Uma citação do filme: “Queremos pagar o mínimo possível pelos nossos alimentos, mas não entendemos que isso tem um custo. (…) Comer bem ficou mais caro que comer mal. São necessárias políticas para que a cenoura fique mais barata que as batatas fritas.” [Dirigido por Robert Kenner. Trailer - em inglês]
4 – Wall-E

Ruídos eletrônicos são a principal linguagem dos personagens robôs dessa animação que quase não têm diálogos convencionais. Depois que a Terra ficou inabitável, os seres humanos passaram a viver em uma nave espacial e deixaram robôs fazendo o serviço de limpeza na Terra. Wall-E funciona com energia solar e tem como função principal recolher e compactar lixo. De forma lúdica, traz à tona a problemática da geração de resíduos em todos os cantos do planeta – e será que um dia, com tanto lixo, seres humanos não conseguirão mais viver aqui? O filme ganhou o Oscar 2009 como Melhor Animação.
Uma citação do filme: “O número de toxinas encontradas tornou a vida na Terra impossível de se sustentar”. [Dirigido por Andrew Stanton. 2008. Trailer]
5 – A História das Coisas [The Story of Stuff]


A História das Coisas já foi visto por mais de 7 milhões de pessoas, em 200 países. O projeto é resultado de mais de 10 anos de pesquisa sobre sistemas de produção de bens de consumo feita pela ativista ambiental Annie Leonard. Ela viajou por cerca de 40 países para entender a nossa lógica de consumo, que vai desde a extração de matérias-primas até o descarte. Annie se disse motivada a entender “um sistema baseado na destruição dos recursos naturais e na geração de lixo” e, no vídeo, passa as informações de forma bastante didática. A História das Coisas dura pouco mais de 20 minutos e está disponível na internet.
Uma citação do filme: “Estamos estragando este lugar tão rapidamente, que estamos deteriorando a própria capacidade do planeta de ter gente morando aqui.”
6 – Lixo Extraordinário


O trabalho de Vik Muniz, artista plástico brasileiro que vive nos EUA, chegou a Jardim Gramacho, um dos maiores aterros de lixo do mundo, localizado no Rio de Janeiro. A ideia era conhecer a realidade em que viviam os catadores do lugar e mostrar como o elemento básico com o qual trabalham todos os dias – o lixo – pode se transformar em arte. O interessante do projeto é que a renda acumulada com a venda de obras produzidas no local foi revertida para a própria comunidade de catadores, o que mudou a vida de muita gente. O filme expõe os impactos sociais e ambientais dos desperdícios gerados diariamente em toda a sociedade. Foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário em 2010.
Uma citação do filme: “É tanto excesso que a coisa se transforma até em arte.” [Dirigido por João Jardim, Lucy Walker e Karen Harley. Trailer]
7 – Flow

Vencedor de diversos prêmios, Flow foi apresentado na ONU como parte do 60º Aniversário da Declaração dos Direitos Humanos. O filme mostra todos os problemas originados na sociedade a partir da perspectiva do consumo de água, elemento básico para a vida humana. O documentário deixa claro que o problema de abastecimento e a lógica desse mercado não são problemas distantes: estão acontecendo agora em todo o mundo. A pergunta que o filme não cala é: Quem é o dono da água? Quem tem poder sobre ela?
Uma citação do filme: “Água é um recurso natural, é um recurso comum. Não é uma propriedade.” [Dirigido por Irena Salina, 2008. Trailer - em inglês]
8 – Mataram Irmã Dorothy


O documentário, lançado em 2007, é mais do que atual. Mostra o desafio de se colocar em prática projetos de desenvolvimento sustentável na região da Amazônia. Como pano de fundo, é explorada a morte da missionária norte-americana Dorothy Mae Stang, que escolheu viver no Pará para ajudar a colocar em prática o Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) na região. Criado em 1999, ele divide terras públicas ou desapropriadas em lotes destinados a comunidades e incentiva a produção auto-sustentável. Um dos objetivos é dar condições de trabalho e moradia às famílias, sem que, para isso, seja necessário o estímulo ao uso inconsequente da terra.
Uma citação do filme: “Como podemos chamar a atenção para o que está acontecendo, para que as pessoas tenham a chance de viver e aproveitar as belezas da magnitude da floresta?” [Dirigido por Daniel Junge. Trailer]
9 – Home


O documentário é inteiro filmado “de cima”. As impagáveis vistas aéreas dialogam com os mais variados assuntos relacionados ao “lar” onde vivemos: a evolução dos seres humanos na escala de tempo geológica, a industrialização, a agricultura (citada no filme como a nossa primeira grande revolução), a descoberta do petróleo, as extrações de minerais, a troca de produtos entre países, os hábitos de consumo criados ao longo do tempo e os impactos que estamos vivendo com tudo isso. É um resumo da civilização humana que reúne informações como a de que, desde 1950, alteramos mais a terra do que em 200 mil anos da nossa história. O documentário foi lançado em 2009.
Uma citação do filme: “O nosso ecossistema não tem fronteiras. Onde quer que estejamos, as nossas ações terão repercussões.” [Dirigido por Yann Arthus-Bertrand. Trailer]
10 – Uma Verdade Inconveniente

O documentário idealizado pelo ex-vice-presidente dos EUA Al Gore fez tanto sucesso que ganhou o Oscar de Melhor Documentário em 2007. Muito embora alguns cientistas discordem sobre as reais causas do aquecimento global, o filme traz uma análise da atual situação do clima na Terra com números importantes e algumas constatações “inconvenientes”. Al Gore propõe um olhar mais preocupado ao que está acontecendo em relação às mudanças climáticas.
Uma citação do fime: “Nossa habilidade para viver no planeta Terra para ter um futuro como civilização é um problema moral.” [Dirigido por Davis Guggenheim. Trailer]

http://super.abril.com.br/blogs/ideias-verdes/dez-filmes-para-voce-entender-mais-sobre-meio-ambiente/